
Houve tempo em que não havia meia dúzia delas em cada quadra, tampouco plantão em todas as lojas à noite e aos finais de semana, muito menos atendimento 24 horas – em casos de emergência, o médico ou funcionário autorizado costumava ser tirado da cama. Redes nacionais dominando o mercado, com filiais espalhadas por todos os bairros, então, nem pensar. Com raríssimas exceções, a Av. Júlio e seu entorno eram os endereços obrigatoriamente procurados.
Falamos das antigas farmácias e drogarias que atenderam a população entre os anos 1930 e 1980 – e que até hoje são lembradas, pelos mais variados motivos. Desde o atendimento pelos próprios donos, ando por aquele farmacêutico de confiança, até pelo “fiado” e pela balança na porta para “se pesar de graça” – uma febre entre as crianças de outrora.
Entram nesse rol as lendárias farmácias D’Arrigo, Confiança, Peretti, Ramos, Guimarães, Santa Teresa, Santa Maria, Rosa, Minerva e do Círculo; as drogarias Americana e Velgos; e, logicamente, a Farmácia Central, uma das mais longevas. Para ilustrar esta página, uma das mais lembradas, assim como seus proprietários: a Farmácia D’Arrigo e o casal José e Terezinha D'Arrigo – na foto acima, em meados de 1970, no endereço da Av. Júlio de Castilhos, entre as ruas Visconde de Pelotas e Dr. Montaury.
Abaixo, um anúncio de 23 de junho de 1960 destacando as novas instalações da Drogaria Velgos, na esquina da Av. Júlio com a Visconde de Pelotas – onde hoje situa-se, logicamente, outra farmácia: a Panvel.




As plantonistas
Algo bastante comum nos jornais dos anos 1940 e 1950 era informar a população sobre as farmácias de plantão nos finais de semana. Na imagem abaixo, a lista publicada pelo jornal “A Época” na edição de 21 de fevereiro de 1952, destacando o rodízio entre elas aos domingos, no período de fevereiro a maio de 1952.


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