• A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a ouvir nesta segunda-feira (9) os oito réus do "núcleo 1" da tentativa de golpe
  • O primeiro a depor é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e delator nas investigações
  • Mauro Cid afirmou a Moraes que "Bolsonaro enxugou o documento (minuta do golpe), retirando as autoridades que seriam presas" e que "somente o senhor (Moraes) ficaria preso"
  • Posteriormente, os outros setes réus serão ouvidos em ordem alfabética, incluindo Bolsonaro
  • Serão realizadas sessões diárias até sexta-feira (13), para que todos sejam interrogados
  • Os interrogados

    O primeiro a ser interrogado será o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, que tem acordo de delação premiada com a Justiça. Depois, pela ordem alfabética, serão ouvidos os demais acusados:

    O interrogatório de Braga Netto, general da reserva, será o único realizado por videoconferência, por ele estar preso preventivamente desde 14 de dezembro de 2024. A detenção aconteceu pelo entendimento de que o militar procurou atrapalhar as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

    Cronograma de interrogatórios

    Outras sessões foram convocadas para terça-feira (10), às 9h, quarta-feira (11), às 8h, quinta-feira (12), às 9h, e sexta-feira (13), às 9h. Elas serão realizadas conforme a necessidade, até que se encerrem os interrogatórios dos réus.

    Investigação

    Os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

    O interrogatório dos réus é uma das últimas fases da ação penal. A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra no segundo semestre deste ano. Em caso de condenação, as penas am de 30 anos de prisão.

    Por estarem na condição de réus, os acusados poderão se recusar a responder perguntas que possam incriminá-los. A Constituição garante aos investigados o direito de não produzir provas contra si.

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